Por Greyce Fonseca
A intensidade da degradação provocada por uma mineradora depende do volume, do tipo de mineração e dos rejeitos produzidos. A recuperação deve ser considerada como parte do processo de mineração. Esta recuperação resulta numa paisagem estável, em que: a poluição do ar e da água é minimizada, a terra volta a ser auto-suficiente e produtiva, o habitat da fauna é restabelecido.
Etapas da recuperação segundo site Ambiente Brasil:
1. Pré–planejamento
O pré-planejamento é essencial em recuperação, pois permite a identificação de área problemática antes que apareça.
2. Estabelecimento de objetivos a curto e a longo prazo
Os objetivos de recuperação são uma parte muito importante do processo de planejamento e devem ser explicitamente declarados no plano de recuperação, pois definem o produto que deve ser obtido.
3. Remoção da cobertura vegetal e lavra
O revestimento vegetal do local minerado pode corrigir ou diminuir, substancialmente, os impactos provocados pela mineração sobre os recursos hídricos e visuais da área. Normalmente, a vegetação existente no início da mineração é eliminada no começo das atividades.
4. Obras de engenharia na recuperação
5. Manejo de solo orgânico
A mineração de superfície exige a retirada da vegetação e da capa superior do solo existente sobre o minério. O ideal para armazenagem de solo orgânico é removê-lo e armazená-lo misturado com a vegetação do mesmo local, convertida mecanicamente em cobertura morta.
6. Preparação do local para plantio
O fertilizante mais usado nas minas é o composto de nitrogênio-fósforo-potássio (NPK).
Outro corretivo agrícola utilizado em problemas provenientes de alta acidez é o calcário. O tratamento dos solos com cinzas industriais pode corrigir, pelo menos parcialmente, a acidez dos solos minerados. O uso de resíduos de esgoto sanitário, aplicação de cavacos de madeira dura, esterco, bagaço de cana, serragem e outros materiais também são medidas potenciais para a redução da acidez do solo.
7. Seleção de espécies de plantas
A escolha de espécies para utilização em recuperação de áreas degradadas deve ter como ponto de partida estudos da composição florística da vegetação remanescente da região.
8. Propagação de espécies
A propagação de espécies refere-se ao crescimento de espécies lenhosas em um viveiro para plantio posterior em áreas a serem recuperadas.
9. Plantio
Usa-se em recuperação duas técnicas básicas de cultivo: semeadura ou plantio de mudas. A escolha do método depende de fatores como a natureza da área a ser semeada, o tamanho e a capacidade germinativa das sementes e as características de propagação de espécies individuais.
10. Manejo da área após plantação
Controlar a invasão de ervas;
Erosão;
Repelir roedores ou outros consumidores de sementes e plantas na fase de implantação das áreas de recuperação;
Irrigar o local quando necessário;
Corrigir a acidez do local e suplementar suas necessidades com fertilizantes;
Cercar a área ameaçada por animais de grande porte;
Inspecionar as plantações para evitar o ataque de pragas e tomar as medidas necessárias a cada caso;
Proteger a área contra o fogo descontrolado.
Referência Bibliográfica:
http://www.ipam.org.br/saiba-mais/Recuperacao-de-reas-Degradadas/5
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/gestao/areas_degradadas/atividades_de_mineracao.html